
A política, infelizmente, ainda carrega muitos dos vícios do machismo estrutural que domina nossa sociedade. Em Lauro de Freitas, isso tem nome, rosto e prática: Tenóbio. Sua trajetória pública tem sido marcada por comportamentos que ultrapassam os limites da divergência política — revelando um padrão de ódio sistemático às mulheres, especialmente àquelas que ousam levantar a voz, ocupar espaço e exercer liderança.
Tenóbio não discorda: ele ataca. Não debate: ele tenta desmoralizar. Sua reação sempre é mais agressiva quando a oponente é uma mulher. O incômodo é visível — e revela não apenas intolerância, mas misoginia crua e violenta. Não é um fato isolado, é uma prática contínua: desrespeito, deboches, tentativas de silenciamento e difamação pública.
Não se trata de “temperamento forte” ou “disputa dura”. É violência política de gênero. É ódio ao que as mulheres representam quando têm coragem de ocupar cargos, influenciar decisões e transformar realidades.
Enquanto as mulheres seguem lutando por igualdade e respeito, Tenóbio representa o atraso de uma mentalidade patriarcal que não aceita a presença feminina em pé de igualdade.
Mas ele não vai nos calar. A política está mudando — com mais mulheres, mais consciência e mais coragem para enfrentar quem insiste em manter a estrutura do poder marcada pelo medo e pelo machismo.
Misoginia é crime. E o povo não aceita mais esse tipo de postura.
A pergunta que ecoa nas ruas, nos corredores da Câmara e nas redes é uma só: por que Tenóbio odeia tanto as mulheres?
Talvez porque sabe que não pode mais impedi-las de vencer.
Giovanna Reyner
Jornalista